28 de setembro de 2011

Há amor em mim

O que mais amo é a liberdade.
Como amar o outro com liberdade?
Meu amor é livre. Não amarro, não tranco, nem quero só para mim. Quero que o objeto do meu amor cresça, viva, e aproveite tudo o que a vida possa oferecer. Assim eu amo, vendo o progresso e o bem estar daqueles a quem amo. Gosto de ficar orgulhosa dos meus amores.


Como é amar um filho? É amar sem amarrar. É torcer e ajudar nos seus quereres e amores. É estar presente sempre que precisar.

Porque filho é um pouco assim né? Sempre chega juntinho quando está no sufoco e depois vai tratar da vida. Mas eu escuto, abraço, converso, apoio e também faço minha crítica. Sei que a gente se ama e se entende.

Como é amar um netinho? Não tem explicação. É mais saboroso do que comer brigadeiro de colher.
Não tem preço.


Meus objetos de amor são bem especiais. Não amo a todos. Respeito, considero, admiro, gosto muito e desejo o bem para todos. Mas meu amor eu dedico a poucos.
Eu não amo uma almofada, uma lasanha, um vestido, um sapato ou um filme. O meu amor é para os especiais. Meu amor é para aqueles que eu cuido e que cuidam de mim. É para aquele que é do seu jeito e que permite que eu seja do meu. Que me admira e a quem admiro apesar de todos os defeitos. Que me emociona e a quem emociono de graça. Sem moeda de troca. Com a famíla é assim. Tenho alguns amores especiais na minha vida.
Assim é fácil e difícil amar. Fácil, porque a gente se entende com o olhar. Difícil porque a gente conhece as falhas do outro e sabe colocar o dedo na ferida quando briga.

Com é amar o marido? Amo seus olhares e até suas implicâncias com meu jeito de ser. Porque é íntimo, sabe? Eu tenho certeza que não se importa se estou de moleton largada no sofá ou com vestido de festa. Se acordo descabelada, irritada, ou ainda de saco cheio do trabalho, ainda assim ele me ama.
E como não amar tudo isso? Ahhh… mas eu o amo também, de todo jeito, com bemuda rasgada, mãos ásperas de lixar, ou barba malfeita (mas ele sempre faz a barba e diz que é para mim).
Fomos arrebatados por uma paixão. Você já viveu isso? Pois então, nós vivemos. E criamos filhos, e hoje temos netos. Já brigamos, já nos afastamos (recebi montanhas de rosas), já voltamos, tornamos a nos afastar e estamos juntos até hoje.
Entendeu? Não precisa. Nosso amor é único. É o destino que escolhemos e acho que vamos envelhecer juntinhos.

E para terminar este texto coloco uma frase que resume o meu jeito de amar.
“Escuta: eu te deixo ser, deixa-me ser então” - Clarice Lispector

Texto escrito para Blogagem Coletiva Festa de 3 anos do Blog Um pouco de mim - Elaine Gaspareto

8 comentários:

Alessandra disse...

Linda mensagem!O amor é para acrescentar felicidade e não para arrancar pedaços.
Também estou participando e conhecendo um pouco mais os participantes.Aproveito para te seguir.
Bjo bjo

http://eutenhopressaemuitacoisameinteressa.blogspot.com/

Simone Aline disse...

Que lindas declarações!!! =) "Amar sem amarrar" e "sentir orgulho dos seus amores" é realmente o melhor do amor!!! =)
Gostei muito do seu texto! Obrigada pela visita no meu cantinho tb!
Bjks!

Bel Alves disse...

Amei se p.disse tudo..esse é o amor que não tem preço...
Paz e bem

Bel Alves disse...

Desculpe, mas faltou letras...hahaha
Amei seu post!!!!

Macá disse...

Uma linda maneira de dizer que Há amor em você.
Gostei muito. Parabéns.
um beijo

Roselia Bezerra disse...

Minha flor
O amor se espande de uma forma grandiosa...
Há amor em mim
Há amor em ti
Há amor em nós
Bjm de paz

Vanessa Anacleto disse...

Demorou mas cheguei para conferir seu post na coletiva da Elaine. Que lindo seu testemunho de saber amar e receber o amor de volta.

abraço

Elaine Gaspareto disse...

Ines,
A exemplo da Vanessa, eu demorei mas cheguei.
Lendo seu texto, eu lembro de uma coisa que li outro dia: hoje a gente fala eu amo pra tudo, mas ama de fato quase nada.
Também não sou de usar a palavra pra tudo, embora entenda que muitas vezes é hábito.
E outra coisa que seu texto me fez pensar: a gente confunde mesmo amor com amarras... e esquecemos que o amor é livre.
Muito obrigada por participar!
Beijos e boa tarde

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